06 julho, 2008

UMA CARTA PARA VOCÊ!


Escrevo para alguém que já passou e eu não vi ou você que continuo esperando que adentre por aquela porta (ao voltar da praia correndo) porque descobriu q não pode viver sem essa que vos escreve.

Hoje está um daqueles dias atípicos no Rio de Janeiro. O famoso Rei Sol nem dá sinal de vida no horizonte... Um dia que seria trivial de inverno e que não se sabe por qual razão me provoca a vontade suprema de falar sobre relação amorosa e o quanto isso é importante para a existência de cada um de nós, seres humanos.

Drama é meu sobrenome, um fato na minha vida. Adoro essa coisa romântica, mistura de Henrique XVIII, com Nancy Sinatra cantando Bang Bang no célebre trecho ‘my baby shot me down’...


Admito ser meio louca porque todas as minhas poucas relações amorosas foram recheadas de loucuras na minha cabeça, tinha vontade de me jogar de um penhasco pelo ser humano e perto do ser que gostava agia como uma múmia egípcia. Cleópatra era uma pessoa doce comparada aos meus atos.

Hoje após longo e tenebroso inverno cheguei a uma conclusão: fui muito boba ao imaginar minha vida sem curtir e viver a entrega dos meus sentimentos de forma plena. Mas como nem tudo está perdido e se estamos vivos é porque ainda tem vida pra viver te falo que não endureci e tampouco perdi o doce que significa ter afeto pelo outro com toda a força que posso suportar.

Redescobri essa paixão louca pelo Rio de Janeiro e tudo que me faz feliz nessa Cidade Maravilhosa. Do Leme ao Pontal e sempre com o Sol de acompanhante quero e preciso dizer ‘eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na cidade onde eu nasci’. Existe a necessidade em mim de viver esse clima super zen que me encontro.

Na linha Fernandinha Abreu ‘Todo mundo sabe que o funk é da favela e todo mundo sabe eu morro de paixão por ela. Todo mundo sabe o nosso som é de raíz, saiu lá da favela e se espalhou pelo país’. Daí foi muito fácil esse novo começo, tudo de novo... Se livrar do que é demais - principalmente gente – te digo que o pior já passou. Agora as prioridades são outras, graças a Deus.

Sei que por mais que eu queira ser a romântica e meu peito permaneça aberto acerca do supracitado tema não nego certa essência que me habita. Gosto até de ter o momento ‘Kátia Flávia’ mas atualmente é mais aparência mesmo. Mais atitude de ser ‘a maldita’ que o comportamento em si. Como cantou o Balão Mágico em Lindo Balão Azul ‘tenho alma de artista, sou um gênio sonhador e romântico’. Faço minhas essas palavras, menos a palavra gênio porque sou super nota C, média mesmo.

Caminhando pela rua me lembrei de um dia perfeito em que eu simplesmente queria estar ao seu lado. Um caminho longo chamado vida em que me importava com seu crescimento e bem estar e a recíproca era mais que verdadeira. Lembrei que esse dia não aconteceu porque faltou vontade. Minha, sua ou nossa. Isso não importa mais.

Sei que estou aberta e livre porque admito, gostar é para todo mundo e que ser o objeto desse sentimento é que são elas...