07 novembro, 2008

Senhores e senhoras,

Sempre me senti muito só, fato! Acontece que nos dias recentes (tipo uma semana pra cá) um outro tipo de sentimento tomou conta de mim, nem me peça para explicar porque não sei definir exatamente só que me sinto assim, uma pessoa inteira, completa.

E mesmo que alguém me colocasse no tronco de madeira e me chibatasse ‘mils’ - além de dizer que a escravidão findou-se a muito nesse país – jamais abriria meu sigilo de felicidade.

Uma frase da cantora Dido em White Flag que diz ‘I'm in love and always will be’ define essa virada.

Virei mulher de vez e precisava (quase...) trinta anos para saber disso, meu bem?! Precisava! Porque para uma pessoa (cabeça dura) como eu, que sempre fez uma ode a não deixar os sentimentos acima da razão, saber dosar estações é quase um martírio e nesse momento estou plácida sem deixar de lado uma feminilidade ímpar e que nunca mostrei muito. Agora vai ser complicado não fazer isso porque tenho um motivo absurdo de ser cada vez mais fêmea... E me perder de mim é o pior que pode acontecer!

Deixo a força aqui dentro que segura o seu (e só meu) homem do lado de todo jeito que for legítimo e digno quando existe um alerta vermelho piscando. E ninguém melhor que Alcione para isso.

Entidade
(Altay Veloso e Paulo César Feital)

Eu tentei evitar/ Que o pior pudesse acontecer/ Mas você me encostou na parede/ Pois bem vou lhe dizer/ Eu me vi de repente num beco sem saída/ Do teu coração banida/ Resolvi não mais sofrer/ Quantas vezes senti no teu corpo outro perfume/ Mesmo ardendo de ciúme/ Ainda assim me entreguei à você/ E mulher como eu não se deve desencantar assim/ Ela roda a baiana, incorpora/ E depois não quer mais subir/ Quem vive na corda bamba/ Aprende a se equilibrar/ E faz qualquer malandro na roda de samba sambar/ Parece mentira parece bobagem/ Depois disso tudo quem sofre sou eu/ Estou vendo a baiana render homenagem/ Fazendo feitiço pro homem que é meu/ Será que a baiana é alguma entidade/ Mulher da entidade do homem que é meu/ Será que eu perdi minha identidade/ Será que é ela será que sou eu.